Quanto mais se aprende, mais se sabe. Quanto mais se sabe, mais se esquece. Quanto mais se esquece, menos se sabe. Então, para quê aprender?

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Mai 08

 

Numa das minhas visões, que outros chamam sonhos ou de modo mais apropriado pesadelos, entro em conversa, num corredor do convento, com a Madre Lourdes.
Eis que saio da cela, ajeito o hábito por hábito, e saem-me, assim como as palavras entregues nas Tábuas a Moisés, uma lista de objectivos mínimos, para resolver de vez os problemas da educação e sermos os melhores da Europa em estatística.
Fica sempre bem, ora pois, muito palavreado gasto, muitas teorias já testadas noutros países, muitos disparos e poucos acertos no alvo.
Na versão moderna, isto sai tipo Decreto-Lei, com capítulos, artigos e alíneas.
Por já estar a pensar no capítulo MCDVIII da Lei do Quadro dos Novos Génios Plenos de Oportunidades ( Lei nº 2987564321/08 de 31 de Maio), passemos directamente para os objectivos a atingir em final de percurso nos nossos conventos, com passaporte garantido para outros mosteiros.
Assim, pretende-se que quem quiser ser considerado alfabetizado e quiser exibir um diploma, equivalente a licenciatura, (e sendo a escolaridade obrigatória até aos 25 anos), terá de ser capaz de conseguir:
- Escrever o primeiro nome numa linha (e colocar o til no lugar certo, se for o caso) e não trocar qualquer letra, usando no início uma maiúscula;
- Contar até 10 sem se enganar na ordem, podendo usar os dedos das mãos ou dos pés;
- Estar sentado 5 minutos consecutivos, sem mexer o traseiro ou outras partes do corpo;
- Indicar, com certeza absoluta, que o coração não está alojado no intestino;
- Saber que a capital ainda é Lisboa e não a Cova da Moura ou Loures;
- Dizer, desde o berço, iamen,  fókiu e sanavabix; em Inglês;
- Teimar que o primeiro rei de Portugal não se chamava Sócrates;
- Dar uns chutos numa bola e ter como modelo o Ronaldo ou o Mourinho;
- Usar um portátil e sacar downloads grátis, em banda larga;
- Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas e asneiredo ordinário como meios de relação;
- Rabiscar, com spray, em monumentos e casas, como forma de informação e de sensibilização estética;
- Arranjar, não interessa como, o telemóvel de última geração;
- Utilizar o cartão de crédito dos pais até conseguir um emprego adequado às suas habilitações académicas.
(…)
 
Citando o nosso mui amado PM: “Não há nenhuma receita mágica para o crescimento económico. Mas uma coisa sabemos: nenhum país teve sucesso sem apostar no conhecimento."
 
Apostemos, Madre! Com os objectivos propostos, estaremos, sem sombra de dúvida, a favorecer a formação e o desenvolvimento equilibrado do individuo, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.
 
publicado por Soror AlCuMofadado às 23:42

Apostei, Soror Angélica, mas foi no totoloto para ver se mando o convento prás urtigas! Mas não há modos....
Será que vou ter de me converter às novas oportunidades e aos objectivos mínimos dos mínimos. Ah, perdão, competências, queria eu dizer. Skills, está a ver irmã? Até eu já sei esse palavrão na língua dos camones, oh yeah!
Santa Eulália a 9 de Junho de 2008 às 00:42

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